Pausa para o cigarro

Procurei tanta coisa pra fazer, que no final de tudo, acabei não fazendo absolutamente nada. Um tanto quanto sem nexo, mas foi a verdade. Passeando senti aquela nostalgia, aquela vontade de estar junto, de compartilhar a vista da lua que hoje tá tão linda com alguém. Mas quem poderia ocupar esse vazio que tem dentro de mim? Afinal, alguém levou um pedaço que é meu, e ainda não devolveu. E pelo jeito, nunca devolverá. É esquisito o modo que as coisas acontecem, parece que vêm pra nos testar. Pensei em ligar para uma amiga, mas o celular dela estava desligado. Continuei passeando com o mais novo herdeiro da família, ele late, brinca e me dá muita alegria. Chegando perto do hall, liguei para um amigo. Ufa! Até que enfim… ele atendeu. Estava tão longe, indo para o shopping e me chamou, claro. Mas senti que não era tão proveitoso, diga-se que eram seis horas da tarde, e o shopping fecha às oito. Não, é melhor ficar por aqui mesmo. Nem eu mesmo sabia o que era melhor. Então desligamos. Cada passo que dei, senti aquela lua linda que tá no céu. Aquela nostalgia dos melhores momentos. Isso sim é viver. Isso sim é sentir algo que não dá pra controlar… e a saudade é isso. Por fim, cá estou eu, com o meu bom (até parece) e velho nervosismo nas pernas, e tentando colocar em baixo do tapete, essa saudade que aperta.